A autobiografia em quadrinhos de Belle Yang, lançada no Brasil pela Quadrinhos na Cia. no segundo semestre de 2012 é uma forma comovente de conhecer a cultura chinesa pela ótica familiar.
Em 248 páginas, a autora destrincha, com muita sensibilidade, a história de sua família desde a época da invasão japonesa à Manchúria, a Segunda Guerra Mundial e as transformações culturais pelas quais a China passou na época de Mao.
Belle é uma garota filha de pais chineses, nascida em Taiwan, mas que mora nos Estados Unidos desde criança. Ela tem um namorado que é violento e a persegue, quando seu pai resolve mandá-la para a China, afim de que ela fique fora de perigo e possa então se reencontrar. Lá ela tem aulas de caligrafia chinesa e entra em contato com o que, até então, era só parte de seu imaginário: suas verdadeiras origens.
Belle então viaja pela China, estuda artes, até que resolve voltar para os Estados Unidos, mas seu ex-namorado continua a perseguí-la, fazendo com que ela não possa sair de casa, nem ter amigos.
Enquanto os amigos de Belle seguem com suas vidas, ela, já com 30 anos, não consegue fazer a sua acontecer. Sente medo do ex-namorado e como é obrigada a ficar dentro de casa resolve então que irá escrever um livro sobre sua família. Seu pai é seu confidente e conta tudo sobre seus ancestrais.
Dessa longa conversa nascem traços importantes sobre a cultura chinesa, como a religião, as guerras, a fome e a censura; mas mais do que isso, nasce também uma visão muito particular de como as pessoas lidaram com tudo isso. É uma imersão na cultura contada por quem estava lá e viveu tudo.
Além de toda a tradição chinesa, o livro também deixa escapar sua parte ocidental, já que Belle foi criada nos Estados Unidos e tem um certo conflito com seus pais, no que diz respeito ao modo de vida ocidental que ela aprendeu a gostar e o modo de vida que seus pais levavam na China, com menos liberdade.
Além de toda a tradição chinesa, o livro também deixa escapar sua parte ocidental, já que Belle foi criada nos Estados Unidos e tem um certo conflito com seus pais, no que diz respeito ao modo de vida ocidental que ela aprendeu a gostar e o modo de vida que seus pais levavam na China, com menos liberdade.
Como autora, Belle tem o cuidado de utilizar a caligrafia chinesa em algumas partes do livro e foge do convencional estilo de desenho oriental para criar cenas e personagens. Outro ponto importante é a maneira que ela utiliza ao chamar e “classificar” algumas pessoas no livro. Por exemplo, os irmãos de seu avô não são chamados pelo nome e sim pela ordem de nascimento, como Segundo irmão, Terceiro irmão, Irmão mais velho e assim por diante, como é feito na cultura chinesa. Isso a princípio pode parecer um pouco difícil de entender, principalmente para quem não conhece essa cultura milenar, mas essa impressão é só no início, e quem se aventurar a ler o livro até o final terá garantida uma belíssima história.
Belle Yang é formada em Biologia, mas também estudou Artes Plásticas na China e nos Estados Unidos. Hoje tem 47 anos e já lançou livros infantis antes de lançar sua primeira graphic-novel.
Adeus Tristeza
Autora: Belle Yang(roteiro e arte)
248 páginas - Formato: 19,5x27cm
Capa Cartonada
R$ 38,50
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